domingo, 16 de agosto de 2009

Memorial do professor

Estudei a primeira e segunda série em uma escola rural chamada Escola Sítio Boa Esperança. Depois terminei o ensino fundamental e médio na Escola Estadual Dez de Dezembro na cidade de Pedra Preta, MT. Quando fui fazer o ensino médio, eu tinha duas opções, ou fazer magistério, ou técnico em contabilidade fiquei com a segunda opção, pois não me via em uma sala de aula como professora. Terminei o ensino médio com 16 anos e então saí da casa dos meus pais e fui morar com a minha irmã mais velha que era casada. Morei com ela quatro anos dos 16 aos 20 anos de idade. Depois disso retornei a casa de meus pais que nessa altura já haviam se separado. Fiquei morando com a minha mãe, irmã e irmão. Nesse tempo conheci um rapaz que era caminhoneiro, me apaixonei e então namoramos mais ou menos quatro anos. E durante esses anos viajei com ele por quase todo Brasil. Conheci Manaus, a floresta Amazônica, Fortaleza, Recife e vários outros lugares maravilhosos. Foi uma experiência muito rica e gratificante para mim, uma vez que conheci várias culturas e povos diferentes. Porém o relacionamento não deu certo e eu já estava com 24 anos, apenas com o 2º grau e sem qualquer uma outra formação. Resolvi então que precisava estudar uma vez que já havia perdido muito tempo. Fui morar em Rondonópolis-MT. Cidade maior do que o município em que a minha mãe morava. Lá eu dividia casa com a minha irmã mais nova. Sabia que precisava fazer uma faculdade, porém nada despertava meu interesse. Entrei em um curso preparatório para o vestibular, estudei bastante, porém ainda não sabia que carreira deveria seguir. Pensei em Ciências Contábeis talvez por já ter feito técnico em contabilidade no ensino médio. Porém a minha mãe interferiu dizendo que eu já havia estudado contabilidade no ensino médio e não tinha ingressado no mercado de trabalho e que talvez fosse melhor fazer algo relacionado a Educação. Então prestei vestibular para o curso de Letras-Português pela UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Passei em 5º lugar, estudei 4 anos, me formei, trabalhei em algumas escolas e depois me mudei para Jaraguá do Sul -SC. Fiz pós-graduação em -Metodologia do Ensino da Língua portuguesa pela IBPEX em Joinville-SC. Atualmente estou trabalhando pela rede municipal de Jaraguá do sul.

Memorial do leitor

Comecei a estudar com seis anos de idade. Morava em um sítio com meus pais, avó e meus três irmãos.Quando fui a primeira vez na escola, já sabia escrever meu nome, pois a minha mãe já havia me ensinado. Estudei a primeira e segunda série em uma escola rural. Quando passei para a terceira, meu pai me colocou para estudar em uma escola na cidade vizinha. A escola era distante então eu e minha irmã mais velha íamos estudar em um carro que a prefeitura mandava para pegar os alunos da área rural.Depois de alguns anos nós nos mudamos para a cidade mas meu pai continuava a trabalhar em fazendas. Quando estava na sétima série, a minha família resolveu novamente se mudar para um outro sítio, só que esse era mais perto da cidade. Então quando cheguei lá, nessa nova casa fui direto olhar em umas caixas velhas que os antigos moradores havia deixado. E dentro de uma das caixas encontrei um livro que se chamava se não me falha a memória "As 357 mulheres de Landru". Não sei dizer ao certo se a quantidade de mulheres era essa mesma, mas o nome do livro era mais ou menos assim. Esse livro contava a história de um homem que se casava e sempre arrumava um meio para matar suas mulheres e ficar com os bens materiais delas. A cada dia que passava eu lia um capítulo, porém durante a noite, quase morria de medo, pois lá em casa não tinha energia elétrica e a minha mãe apagava as velas na hora da gente dormir. Mas mesmo assim eu ficava curiosa para saber como o assassino iría matar sua próxima esposa . E com isso , ou seja, por essa necessidade de saber o que ia acontecer nos próximos capítulos que eu tomei gosto pela leitura. E até hoje sou fascinada por romance policial.